terça-feira, 25 de novembro de 2008

A melhor resposta

Para saber quem somos, basta que se observe o que fizemos da nossa vida. Os fatos revelam tudo, as atitudes confirmam. Quem é você? Do que gosta? Em que acredita? O que deseja? Dia e noite somos questionados, e as respostas costumam ser inteligentes, espirituosas e decentes.Tudo para causar a melhor impressão aos nossos inquisidores.

Ora, quem sou eu. Sou do bem, sou honesto, sou perseverante, sou bem-humorado, sou aberto - não costumamos economizar atributos quando se trata da nossa própria descrição. Do que gostamos? De coisas belas. No que acreditamos? Em dias melhores. O que desejamos? A paz universal. Enquanto isso, o demônio dentro de nós revira o estômago e faz cara de nojo. É muita santidade para um pobre-diabo, ninguém é tão imaculado assim.

A despeito do nosso inegável talento como divulgadores de nós mesmos e da nossa falta de modéstia ao descrever nosso perfil no Orkut, a verdade é que o que dizemos não tem tanta importância. Para saber quem somos, basta que se observe o que fizemos da nossa vida. Os fatos revelam tudo, as atitudes confirmam. O que você diz - com todo o respeito - é apenas o que você diz. Entre a data do nosso nascimento e a desconhecida data da nossa morte, acreditamos ainda estar no meio do percurso, então seguimos nos anunciando como bons partidos, incrementamos nossas façanhas, abusamos da retórica como se ela fosse uma espécie de photoshop que pudesse sumir com nossos defeitos. Mas é na reta final que nosso passado nos calará e responderá por nós. Quantos amigos você manteve. Em que consiste sua trajetória amorosa. Como educou seus filhos. Quanto houve de alegria no seu cotidiano. Qual o grau de intimidade e confiança que preservou com seus pais. Se ficou devendo dinheiro. Como lidou com tentativas de corrupção. Em que circunstâncias mentiu. Como tratou empregados, balconistas, porteiros, garçons. Que impressão causou nos outros - não naqueles que o conheceram por cinco dias, mas com quem conviveu por 20 anos ou mais. Quantas pessoas magoou na vida. Quantas vezes pediu perdão. Quem vai sentir sua falta. Pra valer, vamos lá. Podemos maquiar algumas respostas ou podemos silenciar sobre o que não queremos que venha à tona. Inútil. A soma dos nossos dias assinará este inventário. Fará um levantamento honesto. Cazuza já nos cutucava: suas idéias correspondem aos fatos? De novo: o que a gente diz é apenas o que a gente diz. Lá no finalzinho, a vida que construímos é que se revelará o mais eficiente detector de nossas mentiras.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Chance!

Não que eu seja uma PHD em Publicidade e Propaganda, mas nunca vi uma campanha política tão bem feita como essa do Barack Obama. Não é o simples fato de usar artistas, ou combinar seu discurso com a música, mas sim a cumplicidade e maneira que ele conduz a "coisa", ficou tão bem feito (apelativo, emocionante) que até eu quero ser americana para poder votar no cara. Queria que no Brasil fosse assim, não que lá seja diferente a, maioria dos políticos são corruptos, mas pelo menos a inteligência e maneira de conduzir uma campanha a gente podia copiar deles. Fiquei tão fascinada que comecei a ler sobre o tal "Obama" e gosto cada vez mais. Vou colocar o vídeo e espero comentários! Quem quiser ver o outro, digita lá no youtube.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Saudade

Saudade?!
Do que você sente saudade? Do seu primeiro amor, do seu verão, da sua liberdade, da sua inresponsabilidade?!
Eu sinto saudade da minha infância, saudade dos meus avós, saudade do meu porto seguro, saudade de jogar bets na rua e saudade do meu cabelo colorido.
Dizem que sentir saudade é um tanto complicado. É um dos poucos sentimentos que não tem como ter noção do tamanho e das consequências que ele pode causar.
Eu particularmente acho muito saudável, sinto saudade na hora que falo tchau. Gosto muito fácil das pessoas e me apaixono mais fácil ainda, então sentir saudade não é tão difícil pra mim. Eu fico um pouco triste por saber que muitas vezes isso não é recíproco, mas fazer o que?! Nem tudo é tão fácil assim.

Definição - do ant. soedade, soidade, suidade < Lat. solitate, com influência de saudar

s. f.,
lembrança triste e suave de pessoas ou coisas distantes ou extintas, acompanhada do desejo de as tornar a ver ou a possuir;
pesar pela ausência de alguém que nos é querido;
nostalgia;

Bot.,
nome de várias plantas dipsacáceas e das respectivas flores;
(no pl. ) lembranças afectuosas a pessoas ausentes;
(no pl. ) cumprimentos.


O melhor de todos os textos.

Eu já te disse? – Milly Lacombe
Sabe do que eu gostava e nunca te falei? Quando você saía do banho. Você nunca conseguiu se secar direito. Vinha pingando pelo quarto. Cabelo displicentemente penteado, e completamente encharcado. De calcinha, e escorrendo água por aquele corpo reto, sarado, lindo. Aí, como se estivesse completamente seca, você deitava na cama, do meu lado. Colada. E me beijava com a boca doce, úmida, só minha.

Depois de um tempo, lembrava dos cachorros, e abaixava, de bruços, para recolhê-los para cima. Enquanto fazia isso, me lançava um olhar que pedia aprovação. Se eu não dissesse nada, você cantarolava alguma coisa, algumas daquelas músicas que você compunha para eles e me fazia rir muito, e lá vinham aqueles dois cachorros miúdos correr pela cama em volta de você. Eu só deixava, e isso eu nunca te falei, porque adorava a cara que você fazia.

Você ria como uma criança. Uma criança que você é, e nunca vai deixar de ser. E isso, talvez eu nunca tenha te dito, é das coisas mais bonitas que você tem. Bonito porque, mesmo sendo tão pura e ingênua, você é madura, forte, determinada. Você é tudo isso em uma só. E o que me atraiu em você, numa tarde de verão californiano, foi exatamente essa mistura rara. E isso, eu acho, nunca te disse.

Eu também nunca te disse que você foi a melhor coisa que me aconteceu na vida, disse? Disse que nunca antes tinha amado de um jeito tão forte, tão químico, tão sensível? Que nunca tinha tremido de paixão como naquela noite que você me beijou no sofá da sala? E em todas as seguintes. Já te disse? E eu já te disse que você me entendia como ninguém jamais me entendeu na cama? Que eu nunca fui tão longe? Que te ver sorrindo em cima de mim, só pra mim, talvez seja, até hoje, minha paisagem predileta?

Sabe do que mais eu gostava? Quando você imitava o cara do desenho animado, o portuga. Eu ia trabalhar lembrando da imitação e morria de rir, sozinha no carro. Eu já te disse que te amei, entre tantas outras coisas, porque você me fazia rir? Já te disse que hoje, quando a gente se encontra e consegue superar a dor para falar do passado, você ainda me faz rir assim? Já te disse que lembrar da vida que eu tive do seu lado é meu passatempo predileto? Que você me ensinou sobre as pessoas, sobre as verdades, sobre futebol, sobre política, sobre justiça, sobre como um prédio sai do chão e chega ao último andar, sobre a lógica da vida?

Já te contei como essas coisas mudaram a forma como eu vejo o mundo? Já te disse como era bom ficar deitada no seu ombro? De como eu me sentia segura? De como eu gostava quando a gente via "cuickócuick" e de como a gente sacaneava, naquele jogo que vai ser para sempre só nosso, "Summerland"? Já te disse que, até hoje, quando eu ouço a sua voz no telefone, meu coração palpita diferente? Que a sua voz, as coisas que você me diz, o jeito que você diz, entram no meu ouvido da forma mais doce do mundo? Que eu adorava quando você me abraçava no meio da noite? Que eu chorava quando a gente fazia amor?

Já te disse que te ver chorar é como pegar uma faca bem afiada e ir passando ela devagarinho pela minha alma? Que eu ainda sonho com você? Com a gente lendo o jornal no chão da sala, tomando café, comendo as "especialidades" que você fazia para mim? Já te disse que eu comecei a escrever este texto umas 300 vezes e nunca consegui terminar porque as lágrimas não deixavam?

Já te disse que as músicas que você compôs no violão são as mais bonitas que eu já escutei? Que eu ouvia sozinha, escondida, quando você estava no trabalho, e elas me faziam chorar? Já te disse que eu adorava quando a gente ia almoçar na casa dos seus pais e suas irmãs ficavam falando de como você era mal- humorada na infância? Eu te olhava, ouvindo a mesa inteira falar de você, e via a mulher que só eu conhecia, que só eu amava daquele jeito tão fundo. E sentia um orgulho enorme. Aliás, e isso eu acho que eu já te disse, eu sinto tanto orgulho de você... Tanto.
Eu queria ver o mundo com seus olhos de criança, chorar e deixar as lágrimas pularem, e não apenas escorrerem. Queria ser indignada como você. Inquieta como você. Justa como você. Bonita como você. Intensa como você. E sabe o que mais eu queria? Ter tido um filho seu. Porque eu queria que você se multiplicasse. Acho que é disso que o mundo precisa. Pessoas bonitas, fortes, inquietas, indignadas, questinadoras, inteligentes. Como você.

Mas tem uma coisa que eu certamente nunca te disse. Por que a gente se separou. Sabe por que eu nunca te disse? Porque eu nunca entendi. Eu não sei o que te afastou de mim, o que me afastou de você. O que eu sei é isto: eu sempre vou te amar. Pelo que você é. Pelo que você foi. Pelo que você será.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Cada dia mais.

Outro dia conversando com o meu grande amigo Trotta e falando sobre nossos casos amorosos, disse que o que mais adoro em um relacionamento é quando você já está tão íntimo da pessoa que começa a observar as manias e jeitos com certas coisas.

Fantástico quando coisas simples virão essênciais. Um simples telefonema, uma mensagem, um scrap, o jeito de atender ao telefone e de falar “Bom Dia”. Nada substituí isso. As manias viram características que te faz se apaixonar ainda mais.

Fica aqui a minha lista:

Adoro quando a risada não tem fim.
Adoro quando acordo e ouço “Me abraça”.
Adoro sentir o cheiro pela manhã e a cara feia quando ofereço café.
Adoro quando fica me falando “Ai meuuuu me conta”.
Adoro quando fico esperando o dia todo e sem avisar chega e fala “Oi”.
Adoro quando você dirigi.
Adoro quando você me olha de um jeito como se fosse a primeira e última vez.
Adoro quando você faz manha.
Adoro quando você se preocupa comigo.
Adoro ver você se arrumar.
Adoro ver você arrumando a casa.
Adoro quando as nossas diferenças nos completam.
Adoro quando você me da a certeza que vai ser assim pra sempre.
Adoro mais ainda quando tenho certeza que essa lista nunca vai ter fim.

P.S - Ao dia dos Namorados e para acalmar meu inferno astral.

"Um dia seus pés vão me levar
Onde as minhas mãos não podem chegar
Leva-me onde você for
Estarei muito só sem o seu Amor

Agora é a hora de dizer
Que hoje eu te Amo
Não vou negar
Que outra pessoa não servirá

Tem que ser você
Sem por que, sem pra que
Tem que ser você
Sem ser necessário entender"

segunda-feira, 9 de junho de 2008

O que sobrou

Lembro da sensação quando olhei pela primeira vez. Do nervosismo quando tive que dizer: "Oi".
Não teve diálogos longos, muitos papeizinhos foram picados e nada.
Será que não gostou de mim?! Será que falei algo errado?!
Mandei uma mensagem para me sentir menos culpada, algo fofo e romântico.
Nenhuma resposta, pronto! Realmente não gostou de mim!
Fiquei a noite inteira pensando nisso, aliás, esperando a resposta, mas nada. No dia seguinte, volto a conversar e, marco um encontro decente. Uma pizza, vários sorrisos, vários olhares... E durante a noite toda só conseguia pensar: "que horas eu vou poder beijar?".
Na hora do tchau, finalmente tive a iniciativa, e com uma frase boba de uma brincadeira meus olhos se fecharam. Digo que a primeira sensação (independente do que seja) sempre é a melhor, e dessa vez foi algo fora do normal.
O gosto, o jeito, o suor das mãos, a diferença de altura parecia ter sido calculado perfeitamente. São esses momentos que dão vontade de dar pausa e deixar assim pra sempre. Lembro que fui pra casa, e meu cérebro repetia essa cena inúmeras vezes e, aquele sorriso bobo não saia do meu rosto. "Será que me apaixonei?". Durante dias me fiz essa pergunta, não precisei de muito tempo pra saber a resposta. Borboletas voavam no meu estômago, o mundo ficou mais colorido, o espaço vazio e a angústia já não existiam mais. Ficou a minha vontade de amar, o meu desejo e a minha carência.
O tempo passou, aliás, voando por sinal, e agora tenho saudade imensa a cada minuto, vontade de amar cada dia mais e o desejo de viver assim pra sempre.

P.S.
1.1 Esse texto tem continuação.

1.2 inferno astral continua, e piora a cada dia.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Quando foi o auge da sua felicidade?

Quando foi a última vez que você se sentiu completo?! Não digo só em relação ao amor, e sim a tudo! Trabalho, família, amor, sexo, dinheiro e saúde!

Quando foi que você teve o auge da sua felicidade?!

Por que o ser humano se sente tão insatisfeito?

Eu costumo dizer que a felicidade não é um estado de espírito e sim conseqüência de pequenos atos. Dependendo do dia uma simples palavra melhora, me deixa feliz, e me faz pensar que aquele dia realmente valeu à pena. Como tem dias que um ato estúpido destrói minha semana, meu humor e minha paciência, o problema é a freqüência que isso vem acontecendo.

Ultimamente brinco que estou entrando no meu inferno astral (faço aniversário dia 4 de Julho), parece que nada da certo. O trânsito não anda, o corel travou a comida está fria, não recebi mensagem, ninguém me ligou a música não está boa e meu cabelo armou.

Será que isso tem a ver com carência?! Ontem tive a plena certeza que todo mundo precisa de atenção, o problema é saber a medida exata disso. Eu sou o tipo de pessoa que ia amar, mas provavelmente iria se irritar em breve.

Deve ser um conjunto de fatores que nos deixam assim. A responsabilidade, a pressão (seja no trabalho, namoro ou em casa), a correia, às vezes a falta de dinheiro, ou a exuberância dele. Fico me perguntando quando vai chegar a minha hora?! Em que tudo vai ser 100%, que realmente vou poder dizer: “Eu sou feliz em tudo”. Ta certo que vai faltar alguma coisa, mas no sentido simples da coisa, vou poder dizer isso quando?!

O que me aborrece muito hoje em dia é a falta de reconhecimento, aliás, eu sempre tive essa sensação, eu nunca fui muito bem reconhecida. Será que sou egoísta?!

Sei que estou a procura da felicidade, independente de onde ela esteja. Quero saber a sensação das pessoas no filme “O Segredo”, elas parecem tão felizes, tão completas, seria tudo uma farsa ou uma forma estúpida de nos enganar e ainda por cima ganhar dinheiro?!

Acho que preciso perguntar pra minha psicóloga porque ando tão insatisfeita!

P.S -

satisfeito
do Lat. satisfactu - adj.: saciado; refeito; repleto; contente; realizado; executado; indemnizado; pago.

insatisfação
s. f.: estado de insatisfeito.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

O Problema no Elevador!


Alguém já reparou o quanto isso é desagradável?!

Pois bem, eu passo por isso todos os dias, e não é só uma vez.

Saindo para o trabalho de manhã é sempre a mesma coisa, são apenas 9 andares, poucos minutos de insanidade naquele lugar pequeno. Só que as 8hs da manhã parece uma eternidade, e o mais incrível, é que a cada dia entra um morador que nunca vi na vida. Fica aquele silêncio, e você pensa: "Será que pergunto se ele é novo aqui", não, eu me contenho, espero alguma manifestação e nada, aí falo: "Acho que hoje vai fazer frio hein?!. Me diz, com tantos assuntos, desastres da natureza, isabellas da vida, por que a gente sempre faz o comentário ESDRÚXULO sobre o tempo!?

Bom, quando chego ao trabalho rola uma certa pressão e ansiedade. É um prédio com 28 andares, os elevadores são divididos pelos pares e ímpares, adivinha em qual andar trabalho?! Ahmmmm nada?! Sim, no último! O bom é que meu medo de altura já era. Fica aquela galera toda aglomerada no térreo esperando o elevador e, quando chega parece que deu a largada, muita correria pra ver quem entra primeiro, mas meu qual a vantagem de entrar primeiro?! É apertar o número do andar?! Juro que não entendo isso. Fico sempre no cantinho, afinal existe alguma vantagem em ser pequena.

Fiz várias contas, normalmente demora uns 7 minutos pra subir até o 28°. Fico aliviada porque a primeira etapa passou. Acho que por dia devo passar uns 15 minutos dentro do elevador.

Algum tempo atrás reparei que a Elemedia fez um grande favor e nossos dias mudaram para sempre. Instalaram pequenas tv´s de plasma nos elevadores, passando notícias, propagandas... O legal é que no canto da tela fica passando as previsões do tempo. Assim não existe mais palpites sobre o tempo, só que aí é que fica minha angústia, vou falar sobre o que agora?!